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Consumo de vinho não combate o novo coronavírus


Consumo de vinho não combate o novo coronavírus
Consumo de vinho não combate o novo coronavírus

Especialista, Dra. Caroline Dani, também sommelier da ABS-RS, rebate manifesto publicado por enólogos europeus A Federação Espanhola de Enologia divulgou um documento onde afirma que o consumo de vinho poderia matar o novo coronavírus. A opinião polêmica foi expressa em um comunicado emitido pelo presidente da entidade, Santiago Jordi Martín. “A sobrevivência do coronavírus no vinho parece impossível, pois a combinação concomitante da presença de álcool, um ambiente hipotônico [um líquido em que a concentração do soluto é menor que a concentração do solvente] e a presença de polifenóis [substâncias naturais antioxidantes que se encontram em abundância nos taninos do vinho] impedem a vida e a multiplicação do próprio vírus", defendeu. “O consumo moderado de vinho, desde que de forma responsável, pode contribuir para uma melhor higiene da cavidade bucal e da faringe, locais onde é mais comum o vírus hospedar-se caso ocorra uma infecção”, relatou Martín. O mesmo manifesto foi referendado pelas associações de enólogos da Itália e de Portugal.



Vinho traz benefícios à saúde, mas não combate o coronavírus

Porém, a informação é desmentida por profissionais de saúde. Realmente existem muitos estudos demonstrando os benefícios da uva e seus derivados, inclusive o vinho, para a saúde. Porém, não especificamente para o coronavírus.


“Há um estudo publicado em 2017 que trata do efeito do resveratrol em vitro – ou seja, no laboratório. Foi um teste químico demonstrando que essa substância tem uma ação antiviral contra outras cepas desse novo vírus, como o SARs, e não contra a Covid-19. Sabe-se que compostos fenólicos têm ações antimicrobianas e antioxidantes, porém, não há nada comprovado com base no que a Federação Espanhola de Enologia tem dito”, esclarece a biomédica Caroline Dani, que também é mestre e doutora em biotecnologia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).



OMS afirma que o álcool do vinho não previne contaminação da Covid-19


A especialista ainda recorda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o álcool não previne com relação à contaminação da Covid-19. Tanto é que o álcool em excesso baixa a imunidade, porém consumir vinho (e não outras bebidas alcoólicas, como cerveja, por exemplo) de forma moderada é algo que vai, sim, trazer vários benefícios. “O consumo moderado não vai prejudicar imunidade. Os polifenóis podem até ter ação antiviral, mas não há comprovação se sobre o novo coronavírus. Mas a bebida melhora até sintomas, como a depressão”, destaca Caroline, que também é sommelier profissional pela ABS-RS. Ela ainda coordena o programa de pós-graduação em biociências e reabilitação do Centro Universitário Metodista (IPA), em Porto Alegre, e acumula 15 anos de estudos sobre os benefícios dos derivados da uva, como o suco, para a saúde.

Autor: Marcos Graciani Vice-presidente da ABS-RS

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