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Sol é a estrela da mais nova vinícola brasileira do Vale dos Vinhedos


Luz solar é presença constante na Cave do Sol que guarda os tesouros da vinícola. Fotos OAJ


Estrela central do Sistema Solar, o Sol é onipresente na mais nova vinícola brasileira. Situada no coração do Vale dos Vinhedos, a Cave do Sol faz jus ao nome. Nos seus 5.125 metros quadrados de área construída, a luz solar está sempre presente, ocupando todas as aberturas do prédio projetado pela arquiteta Vanja Hertcert e sonhado pelo idealizador, Arnaldo Passarin, 87 anos. Na cave do sol (fotos ao lado e acima), a luz natural ilumina um mosaico em homenagem ao astro rei, justamente no local que guardará os tesouros de Baco. Pela trajetória da família e pela presente vinícola recém aberta, o lugar ao sol já está garantido.

Paulista de Jundiaí, Passarin veio jovem ao Rio Grande do Sul, onde formou família e fez história no setor vitivinícola. Foi sempre um líder ativo nas entidades do setor. Nos últimos anos, criou a Associação dos Produtores de Suco Puro, da qual é presidente. Se acostumou a transformar sonhos em realidade, mesmo que às vezes eles demorem um tempo para se concretizar, como lembrou a sua filha, Cristina, ao receber um grupo de dirigentes de entidades vitivinícolas nesta terça-feira, 1º de setembro, para apresentar, em primeira mão, o novo projeto da família. Eu fui uma das testemunhas. A Cave do Sol foi erguida em um terreno adquirido há 23 anos. Nesta sexta-feira, 4 de setembro, as portas estarão abertas a todos os interessados, em modelo soft opening, com atendimento sexta e sábado (das 10h às 17h) e domingo (das 10h às 16h).


Sol emoldura naturalmente a vinícola, uma das mais bonitas do Brasil Foto: Augusto Tomasi ARTE, HISTÓRIA E VINHO A vinícola caçula do Vale dos Vinhedos une arte, história e, claro, vinho. Vamos iniciar pelo fim: os vinhos. Inicialmente, quatro linhas estarão no mercado, partindo da superior Cave do Sol, passando pela Solar do Vale e Vulcano, até chegar a Monarca (fotos abaixo). Mas os ícones são batizados com os nomes de Capitão Chico, como Arnaldo Passarin é chamado, um vinho tinto 100% Cabernet Sauvignon; e Vitória Lúcia, que carrega o nome das mães de Arlete e Arnaldo, um espumante Nature Método Tradicional. Provamos o espumante Cave do Sol, equilibrado e de boa qualidade.

O portfólio nasce com 34 rótulos entre espumantes, vinhos e suco de uva. Eles só serão vendidos diretamente na vinícola ou no site (ainda em construção). Os produtos são elaborados com uvas cultivadas na Serra Gaúcha, Campanha e Serra do Sudeste.



Vinho é arte

Além dos vinhos, as obras de arte são uma atração na vinícola que foi planejada para ser enoturística. Com um detalhe especial: todas as obras são de artistas locais com aproveitamento de utensílios e materiais da União de Vinhos, vinícola da família Passarin em Flores da Cunha. O Sol Negro é quem dá as boas-vindas a todos que chegam na vinícola. Instalado a três metros do solo e atingindo oito metros de altura, é formado por um conjunto de oito bombas antigas, pesando mais de duas toneladas. Ao seu lado, uma fonte que partilha o seguinte texto: “A Cave do Sol foi construída numa TERRA abençoada, onde o AR puro chega abundante em cada estação. O FOGO representado pelo Sol, com nome e arte fundidos, aquece a paisagem. Para completar a homenagem aos quatro elementos, a ÁGUA que limpa, refresca e purifica, está nesta fonte que, com sua atividade constante, traz a certeza da vida em movimento”.


Mesmo à noite, a Cave do Sol é iluminada. Foto: Augusto Tomasi

Ainda na parte externa, cercando a vinícola, a uva é representada em peças metálicas feitas com centenas de aros das antigas pipas da família. Numa linguagem minimalista, elas representam dezenas de anos de história. As Uvas ao Sol têm dimensões que variam de 2 a 3 metros de diâmetro, atingindo até 800 quilos, ganhando vida à noite com iluminação cênica.

Explorando a cor e luz naturais do cobre e do latão, que expressam a presença e a força do sol sobre a videira, os Destiladores são peças emblemáticas instaladas nos jardins da vinícola. As Uvas do Sol, uma escultura em formato de painel, medindo 4 metros x 2 metros, pode ser apreciada no interior da vinícola, numa representação de um cacho de uva. A criação e execução das obras, feitas com peças da unidade desativada, em Flores da Cunha, têm a assinatura dos artistas Aido Dal Mass e Rubens Sant’Anna Filho. Já a fonte é uma criação da arquiteta Vanja Hertcert.

E para quem deseja viver uma experiência mais intensa, o destino é a própria cave, que traz o sol imortalizado na arte que ganha a luz natural do astro. A interpretação do sonho da família foi traduzido pela designer Sirlei Chiminazzo e sua representação ganhou o talento da artista plástica Karen Poletto Jacobs, criando um cenário surpreendente.


Linha do tempo traz a trajetória da família Passarin. Foto: OAJ História começou em 1927

Os Passarin sempre acreditaram que toda história que vale a pena precisa e merece ser contada. Sempre foi assim, desde que Giuseppe, em 1888, saiu do Vêneto, na Itália, rumo ao Brasil. Na bagagem somente fé, esperança e a coragem necessária para trabalhar num novo mundo. O vinho, que alimentou os sonhos da família, começou a ser elaborado num quarto da casa do primogênito Guido Passarin, nascido no Brasil, em 1927. A saga se completa agora, em 2020, com o neto Arnaldo Passarin.


“Tenho duas paixões: a minha família e o vinho. Mas o melhor da vida é a família. Me sinto realizado em ver se tornar realidade mais um de meus sonhos, tendo meus filhos e minha esposa envolvidos em cada projeto. São 66 safras aqui no Rio Grande do Sul”, celebra.

Vinícola foi esculpida na pedra. Antigos equipamentos contam um pouco da história do vinho no Rio Grande do Sul. Foto: OAJ

Encravada literalmente no centro do roteiro enoturístico mais famoso do Brasil (km 20 da Rodovia RS 444), numa área de 36,6 mil metros quadrados, a Cave do Sol oferece uma experiência única em seus três andares. O ambiente convida a imergir num rico cenário de objetos considerados peças de museu que, além de preservar a história da família e da vitivinicultura brasileira, também compõem obras de arte concebidas por artistas, valorizando talentos locais.

Ao entrar em cada ambiente, peças e equipamentos vão ajudando a contar a história do vinho. A madeira das antigas pipas está em todo lugar, especialmente no mobiliário que ambienta espaços como a loja e a vinheria, entre outros. O revestimento das paredes da cave exibe os tijolos que guardam as histórias da família, trazendo as marcas do tempo e dando vida à Cave do Sol. Eles foram retirados da antiga vinícola e transportados até o Vale dos Vinhedos.

Na Cave do Sol é possível fazer três tipos de visitas, que vão de 40min a 1h10min, sempre guiados por enólogos e sommeliers (formados pela ABS-RS). Em todas elas são degustados cinco produtos e está incluída uma taça de cristal exclusiva.



SERVIÇO

(Em razão da pandemia, inicialmente, abre em soft opening)

Sextas e sábados, das 10h às 17h

Domingos, das 10h às 16h

Contatos:

54 2521.2599 54 98418.9882 turismo@cavedosol.com.br




Autor: Orestes de Andrade Jr.

Presidente da ABS-RS, Jornalista e Sommelier

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